quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A Lágrima Pede Perdão




De olhar tão triste e voz fraquinha 
Chinelo nos pés sujos de poeira 
Já andou quase uma vida inteira 
E não carrega nada nas mãozinhas. 
O cabelo não se mexe ao toque dos ventos, 
Roupinha rasgada pelo tempo, 
Não há um ser humano que lhe estenda a mão, 
O choro parece não acreditar 
Que daquele tão triste e humilde olhar 
A lágrima chega a pedir perdão 
Por molhar um rostinho carente de tudo 
Chega a ser um grande absurdo 
A dor que encrava em cada olhar 
E se esconde atrás das paredes de cada coração.


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