Surge
um facho de luzes, que fazem dos súbitos instantes
Coroa
de plumas brilhantes dos páramos azuis.
Ao
longe um fraco grito cruza os horizontes
Das
páginas do infante livro das luzes.
Nas
voltas do século brotam sementes do saber!
E
entre as palmas do mundo vão as sementes brotando
E
as raízes incólumes vão ficando no solo da amplidão.
E
do estrato surgem braços ainda molhados de suor,
Nas
mãos um alfarrábio dourado,
Entre
os dedos o aljôfar do passado
Com
alcunha de esperança do existir.
Mas
se o tufão ameaça destruir o Livro Sagrado
Do
esforço grande dos guerreiros verdes,
Surge
ao longe sob as imensas plagas
Um
forte grito, maior que o infinito,
Mais
bravo que Davi.
Meu
Deus, que grito é esse?
Que
afugenta a tempestade e arrasta o tufão?
Ah!
É um grito lançado das páginas brilhantes
Vindo
do peito desses bravos estudantes
Do
coração do amado Brasil!
E
em festa o firmamento aplaude o solo brasileiro,
Que
brotou de sementes tão santas
Altaneiras
plantas de coração estudantil!
Francisco Alves Bezerra, Revista Café com Letras, edição nro.11; pag. 47